quinta-feira, 18 de agosto de 2011

18 de agosto - Santa Helena (imperatriz)


Lucas Cranach - 1525

Helena, ou Flavia Iulia Elena, parece ter nascido em Drepanum na Bitínia, no golfo de Nicomédia (atual Turquia); seu filho Constantino renomeou a cidade, em sua homenagem, como Helenópolis.
O bispo e historiador Eusébio de Cesaréia, autor da Vida de Constantino, afirma que Helena tiunha 80 anos quando do seu retorno da Palestina, referindo-se a uma viagem ocorrida entre 226 e 228. Portanto, ela teria nascido em 248 ou 250.
Fontes do século que seguem o “Breviarum ab Urbe condita” de Eutrópio, afirmam que era de baixa condição social, filha de um estalajadeiro. Conheceu o tribuno Constâncio Cloro que a tomou como esposa e a levou para Roma; todavia, a exata natureza de sua ligação é desconhecida. As fontes não são concordes a esse ponto; algumas delas declaram que Helena era mulher de Costâncio, outras delas referem-se como sua concubina.  e alle volte riferendosi a lei come "concubina". Alguns estudiosos afirmam que os pais de Conastantino fossem ligados por um matrimônio verdadeiro, porém não reconhecido legalmente, e outros afirmam que era um matrimônio em todos os sentidos, civil e religioso.
Cima da Conegliano - 1495
National Gallery de Londres

Helena deu a luz a Constantino em 272. Em 293 Costâncio abandonou Helena por desejo e ordem de Diocleciano, para desposar a enteada do imperador Maximiliano, Teodora, com a finalidade de consolidar, com um casamento dinástico, a elevação de Constâncio a César de Maximiliano, na tetrarquia.
 Helena não se casou novamente, e viveu longe das cortes imperiais, embora sempre próxima a Constantino, que por ela nutria muito afeto. Constantino foi proclamado imperador em 306, após a morte de Constâncio. Ela se converteu ao cristianismo, e a seguir ao edito de tolerância religiosa proclamado pelo filho, em 313, todas as honrarias lhe foram dadas. Foi declarada augusta em 324.

ícone bizantino do séc. XI

Aos 78 anos, em 326, Helena iniciou uma peregrinação penitencial aos Lugares Santos da Palestina. Iniciou a construção da Basílica da Natividade em Belém e da Ascenção no Monte das Oliveiras., posteriormente enriquecidas e adornadas artisticamente por Constantino.
A tradição narra que Helena, tendo subido ao Gólgota para purificar aquele santo lugar dos edifícios pagãos construídos pelos romanos, descobriu a Cruz de Cristo assim que o cadáver de um homem foi colocado sobre ela, e, imediatamente, voltou a viver.
O milagre da Verdadeira Cruz
escola flamenga - sécu. XV
Museu do Louvre

Tal episódio lendário foi representado por diversos artistas, mas o mais importante deles encontra-se na Basilica di Santa Croce in Gerusalemme de Roma e no famoso ciclo de São Francisco em Arezzo, de autoria de Piero della Francesca.
Junto da Cruz foram encontrados, também, três cravos que foram dados ao filho Constantino; um deles foi utilizado para forjar a sela do cavalo do imperador, outro foi utilizado como material para a fabricação da famosa Coroa de Ferro, hoje conservada na Catedral de  Monza.

Helena morreu com quase 80 anos, assistida pelo filho, por volta de 329 em local não determinado. Seu corpo, porém, foi transportado para Roma e sepultado na via Labicana, hoje Torpignattara, em um sarcófago de pórfido, mais tarde transportado no século XI para Laterano, e hoje conservado nos Musei Vaticani.
Sarcófago de Helena - Museu Vaticano
É considerada a protetora dos fabricantes de pregos e agulhas, é invocada para que sejam encontrados objetos perdidos, na Rússia a sua festa coincide com o dia da semeadura do linho, para que cresca belo como os cabelos da santa.
Paolo Veronese - 1580
A Visão de Santa Helena

Na Basílica de São Pedro no Vaticano, Santa Helena é lembrada com uma colossal estátua de mármore como a de Santo André, de Verônica e de São Longino, na base dos quatro enormes pilares que sustentam a cúpula de Michelangelo e coroam o altar da Confissão, sob o qual está a tumba de São Pedro.
Andrea Bolgi
Basílica de São Pedro

Atributos

É comum representá-la como uma mulher madura, com as insígnias reais, mas encontram-se também representações da santa mais jovem, como uma bela mulher, seguindo as descrições da Leggenda Aurea. Usa roupas suntuosas, capa e coroa real, e segura uma cruz muito grande nas mãos. Por vezes carrega, também, três cravos e um martelo. Segura o modelo de uma igreja recordando a sua atividade de edificação. Certas vezes segura o Santo Sepulcro, e muitas vezes, está acompanhada do filho Constantino. Comum, também, é a representação da sua visão, com anjos que levam aos céus uma cruz.
Helena e Constantino
Vasily Sazanovo - 1870

Relicário com a cabeça da santa
Catedral de Trier

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